Quem lê / Who's reading

"a escrita é a minha primeira morada de silêncio" |Al Berto

sábado, 10 de maio de 2014

Silêncio



Tango with lions – in a bar 

O dia está tão silencioso que posso ouvir os ponteiros do relógio a moverem-se, compassadamente. Mas tão, tão lentamente. Tão lentamente, que entre cada minuto, posso rever a minha vida toda na minha cabeça. Num minuto de trás para a frente, no minuto seguinte, da frente para trás. Significará isso que o tempo ora passa devagar, ou que a vida foi curta, no que importa contar?

Nos dias em que o significado das coisas me abraça, são essas as perguntas que me faço. E com a falta de respostas, o relógio anda mais devagar, e esse abraço aperta-me ainda mais, quase não me deixa respirar.

E não nascem respostas, só mais perguntas…




4 comentários:

  1. Isa,
    O silêncio deve, por vezes, fazer-se em nós para que seja possível ver-nos no rodar dos ponteiros...
    O teu texto é tão sensível que me deixou por um momento sem poder mover... será que os ponteiros também pararam?
    Adoro as reflexões que nos inspiras!
    Beijinhos!

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  2. Dulce, acredito que o silêncio (primordial) é essencial e não devemos deixar de lhe dar as boas vindas quando ele nos chama. Mesmo que para fazer perguntas!
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  3. Palavras na cadência

    do relógio de pêndulo

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Um espaço para recortes que completem o álbum de instantâneos... Obrigada pela visita!
A space for clip to complete this snapshot album... Thank you for your visit!

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