loliness, foto da web |
Ainda ontem passei por ela na rua e nem me
olhou, ou assim pensava eu.
Hoje bateu-me à porta, entrou sem pedir
licença, trouxe frio a um dia quente, escondeu o sol com uma chuva amarga.
Rodeou-me com um abraço que não queria,
deitou-se comigo debaixo do cobertor, aproveitando o lugar vazio.
Cansada, adormeci. Com os braços à frente do
peito. Para impedir o abraço. Frio. Vazio.
Amanhã quando acordar vou puxar os cobertores
e abrir as janelas, as portas. Vou empurrá-las para fora, se preciso for.
Não
passará cá a próxima noite.
******
Yesterday I
went by her in the street and she didn’t even look at me, or so I thought.
Today she
knocked on my door, came in without askingfor
permission, brought cold to a warm day, hidden the sun with a bitter
rain.
She
surrounded me with an embrace I didn’t want; lay down with me under the
blanket, using the empty space.
Tired, I fell
asleep. With my arms around my chest. To stop that embrace. Cold. Empty.
Tomorrow when
I wake up I will pull the blankets and open the windows, the doors. I will
trough her out, if I have to.
She won’t
spend another evening in here.
Senti a amargura, a dor, a saudade, a solidão intrusa...lindo teu poema
ResponderEliminarObrigada, Eliana. Beijinhos
Eliminarempurra com força.
ResponderEliminare logo o sol estará por aí e será primavera.
beijo
Tenhamos sempre força para empurrar as portas perras...!
EliminarAbre todas as janelas, uma boa corrente de ar leva tudo...
ResponderEliminarBjs
Embora às vezes seja preciso uma boa corrente de vento... ;)
EliminarA incomodidade dos cobertores e corações aquecidos face ao frio e à solidão dos corpos abandonados.
ResponderEliminarMas os cobertores aqueceram o abandono, mesmo com os braços cruzados em jeito de incómoda defesa.
As janelas abertas pela manhã arejam os lençóis, mas não vestem os corpos solitários.
Daí a tristeza e a ambiguidade do poema.De que gostei muito. Beijinho.
O seu comentário é ele mesmo um poema, que muito bem lê e completa o meu.
EliminarObrigada, beijinhos
Olá Isa!
ResponderEliminarUma nostalgia incômoda recheada de saudade pela dor do abandono. Deixe sempre uma portinhola aberta para que a felicidade possa entrar. Bonito poema!
Obrigada por tua visita carinhosa. Foi uma honra recebê-la em meu cantinho. Beijos de jasmim.
Bem, muitos vezes, nós que gostamos de escrever, metidos a poetas, escritores, gostamos de deixar obscuro o nosso real intento com determinada escrita. Como se uma parte quiséssemos que todos entendessem e outra, apenas nós. Ficou lindo o que escreveu, parabéns.
ResponderEliminarhttp://lua-lobo-candeia.blogspot.com.br/
A solidão nuna é boa companhia...
ResponderEliminarBelíssimo texto, gostei imenso.
Isa, tem um bom domingo e uma boa semana.
Beijo.
Em boa hora vim aqui retribuir a sua amável visita.
ResponderEliminarUm texto intenso e muito bem construído.
Uma imagem a condizer.
Beijinho
Fê
Texto bem profundo! Tanta verdade nele contida...
ResponderEliminarbj e boa semana
ResponderEliminarA insegurança recebe desses visitantes inesperados e ate inconvenientes mas neles vemos tanto de nós que apenas poderemos agradecer ao k aprender nesse tipo único de espelho!
http://lualibra.blogspot.pt/
Olá Isa,
ResponderEliminarUm texto cheio de mistério e nostalgia...(gostei demais)
Bjos
Gostei!
ResponderEliminarA solidão vestida de tristeza
ResponderEliminarCobre-nos quando não esperamos
Vem de mansinho, como a noite…
Gostei imenso, a tua escrita
Faz-nos reflectir…
Beijinhos!
(P.S: desculpa, o atraso nos comentários
Mas quando vejo, já tu postaste…
eu posto pouco)
Isa,
ResponderEliminarDo abraço frio, é necessário afastar-se. Nem sempre é fácil, mas a força de vontade permite conseguir!
Beijinhos!
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