Arte: Madre proletaria 1929 David Alfaro Siqueiros |
A muitos filhos
Dei à luz
Todos tão diferentes
Mas tão iguais
No amor que me inspiram
Todos acolho
Em meu regaço
Todos quero proteger
Mas meus braços
A força perdem cada dia;
Minha carne também se fere
Sangra como qualquer ser
Meus filhos esqueceram-no
A todos quero ajudar a
respirar
Meus pulmões de ar também
precisam
Meus filhos esqueceram-no
Meu ventre nova vida quer
oferecer
Mas precisa de terra fértil
Meus filhos esqueceram-no;
De meus olhos escorre o sal
Do mar que se perde
Assim é o meu pranto
Pranto que não vêm
Que não ouvem
Pranto de Mãe Terra.
Poema originalmente publicado aqui, no Blog Pense fora da caixa
Vídeo: Vangelis - Beautiful Planet Earth
Uma mãe que deu à luz a tantos filhos e não tem braços para abraçá-los. Entendo a angústia desta mãe.
ResponderEliminarBelíssimo!
pranto de terra e mãe
ResponderEliminarum abraço, Isa
Muito belo...
ResponderEliminarAbçs
Pranto de mãe provoca pranto na leitora que vós escreve.
ResponderEliminarBelo poema, triste realidade.
Bjs.
Há ruas sem espaço para cantar
ResponderEliminarIsa, fantástico! Um tema merece muito as nossas inspirações.
ResponderEliminarMe lembrou uma música chamada "O sal da terra" de um cantor aqui do meu estado chamado Beto Guedes. Se quiser ouvir depois, o link é esse: https://www.youtube.com/watch?v=irTKizOHmxU
Grande abraço!