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Monólogos da Desalinhada #
-- Isa Lisboa --
Primeira. Arranque rápido. Segunda.
Terceira. Acelero. Quarta. Mais rápido. Quinta. Prego a fundo. Sem olhar para o
velocímetro. Ainda vejo a estrada. Mais. Mais rápido. Não é pela adrenalina. É
porque preciso chegar. Ou será pela adrenalina? Chegar onde? Chegar para quê?
Ninguém me espera. Nem eu já me espero. Acelero só para chegar. Já não vejo o
alcatrão, chegar? Se não sei para onde vou, como saberei que cheguei? Vou em
quinta, não há sexta, continuaria. Mas não faz sentido. Travagem brusca.
Foto: Tran Nguyen
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Mudanças automáticas não resolveria "o problema".
ResponderEliminar:)
Há mais interrogações que respostas, mas não será mesmo assim?
ResponderEliminarIsa, não é só o sentido poético, incontestávelmente perfeito na tua prosa, mas é também o sentido geral... Quantos não aceleram sem mesmo ter consciência disso, sem mesmo se questionar?
Gostei!
Beijinhos!
fez-me lembrar "Crash" um filme de David Cronenberg
ResponderEliminaracrescento,
é um filme do qual gosto muito
um abraço, Isa
"Nem eu já me espero. " "Travagem brusca" . Quem sabe a sacudidela não alinhe-a ?
ResponderEliminarIsa, o que sei é que esses monólogos de alguma forma remexe e mexe com sua leitora aqui.
Bjs.
Só não gostei da travagem brusca...
ResponderEliminarBjs
nem eu já me espero
ResponderEliminarmas, ainda não perdi o desnorte de mim
na curva (da vida) travo
para não entrar em derrapagem
nem de mim nem da vida
:)
Às vezes só temos pressa de ter pressa...
ResponderEliminarGostei do teu texto. Bom, como sempre.
Isa, querida amiga, tem uma boa semana.
Beijo.
Saber o destino é primordial, a velocidade é só um detalhe....
ResponderEliminarAbçs