Olá, velho amigo. Hoje vim ver-te. Ouvi-te chamar-me e cá estou. Vestiste-te com aquela mistura de azul que não consigo descrever. Não consigo nunca pôr em palavras nenhuma das tuas roupas…
Estás agitado hoje! Talvez só me chames quando estamos contrários…
Os dias estão já mais longos, posso ficar aqui um pouco mais, sentada contigo.
Com os pés enterrados na areia, deixando que o vento me desalinhe o cabelo.
Oiço-te. Até a tua fúria é bela. As ondas que desenhas, a forma como se aproximam vorazmente da costa, a força com que enfrentam as rochas, num combate de paciência contra ansiedade. Ou como descansam na praia apagando os passos de quem acabou de passar. Hoje queres o areal para ti.
Mesmo assim aproximo-me, beijas-me os pés, sinto os salpicos de sal no rosto.
Fecho os olhos, assim ouço-te melhor. Escuto a sinfonia que me compuseste, és imenso!
Já vejo a minha sombra reflectida na areia. É hora de te deixar.
Volto.
Quando me chamares.
Hello, old friend. I came to see you today. I heard you call for me and here I am. You’re dressed with that mix of blue I can’t describe. I can never put in words any of your clothes…
You are restless today! Maybe you call me only when we are opposite…
The days are longer, I can stay a bit more, seated with you.
With my feet buried in the sand, allowing the wind to tangle my hair.
I can hear you. Even your fury is beautifull. The waves you draw, the way they came to the shore, fiercely, the streght they have facing the rocks, in a fight of patience against anxiety. Or how they rest on the beach, erasing the footprints of those who just went by. Today you want the sand for yourself.
Still, I come close, you kiss my feet, I feel the bits of salt in my face.
My eyes are closed, I can hear you better, that way. I’m listening to the symphony you wrote me, you are vast.
I can see my shadow reflected in the sand. It is time to leave you.
I will came back.
When you call me.
O Mar...um confidente que deixei lá longe e do qual sinto saudades.
ResponderEliminarBelíssimas fotos.
Beijos.
É verdade, o mar é um confidente...
ResponderEliminarEspero que as fotos tenham ajudado a matar um pouco das saudades ;)
Beijos
mar
ResponderEliminarpara descansar
um abraço
Sim, sempre um bom companheiro para uma pausa!
EliminarTambém adoro o mar. Descreveste-o bem. :)
ResponderEliminarMinha querida
ResponderEliminarUm texto sublime...é olhando a imensidão do mar que muitas vezes dialogamos com o nosso EU mais profundo e encontramos tantas vezes a paz que precisamos.
Beijinho com carinho
Sonhadora
É sim! É um bom ouvinte, o mar!
EliminarLindo....!
ResponderEliminarAmo o mar....
Bjos
também gosto muito do mar. muito, e gostei das fotos.
ResponderEliminarbeij
Está brital. No more words to say it... Obrigado pelo momento intenso!
ResponderEliminarE lá está ele, o meu confidente e cumplice, sempre me ajuda quando o procuro...dá-me uma paz dificil de descrever!
ResponderEliminarBjs
O mar faz parte integrante da minha vida, não conseguiria viver sem ele.
ResponderEliminarAdorei o texto, senti as palavras...
Beijos
O mar...ai o mar...faz parte de mim e tenho o privilégio de o ver e de o ouvir todos os dias desde que me lembro de ser gente.
ResponderEliminarFaz parte de mim,e falo com ele.
Beijinho
Soubeste tão bem dizer ao mar...
ResponderEliminar"Volto.
Quando me chamares."
Perfeito, Isa!
Beijinhos!