Quem lê / Who's reading

"a escrita é a minha primeira morada de silêncio" |Al Berto

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Curves on the road / Curvas

A big curve on the road. One of those that you can't see the end of. I'm holding the weel, turning it steadily, and it seems the curve will keep going and going...
I've seen myself in such roads before, and I know there's allways an end to it. But I know those curves already, know the speed I should go, when to hit the break.
This is a new one. New ones always make my harm harder, holding the weel steadily.

.........

Uma enorme curva na estrada. Uma das que não se vê o fim. Seguro o volante, virando-o firmemente, e tenho a sensação de que a curva continuará e continuará...
Já antes me vi em estradas como esta, e sei que há sempre um fim nelas. Mas já conheço essas curvas, conheço a velocidade a que devo ir, quando travar.
Esta é nova. As novas curvas fazem sempre o meu braço ficar mais tenso, segurando o volante firmemente.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pausa

Foto: Isa Lisboa

Uma esplanada no cimo de uma escarpa, mesmo ao pé da praia.
No meio das mesas, um candeeiro, imagino que que dê bom ambiente durante a noite, e que sirva talvez de inspiração aos apaixonados nas noites em que não há luar.
Olho o azul calmo deste quente início de Outono, respiro o leve aroma a maresia que o vento tráz, e sinto o meu corpo a relaxar e a minha mente libertar-se e, por momentos, encher-se de nada.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Not cold, not hot

The water is mild, not cold and not hot. Perfect.

I can let my body float, there's music in the background, feels relaxing. The lights are dim, its reflection on the water completes the picture.

I'm moving on the trail without destination, and it feels right.

To forget about the World for a few minutes. Sometimes it's all it takes.

Talvez lágrima, talvez mar...

Água.

Sal.

Talvez lágrima, talvez mar.

Talvez lágrima, porque só tem o rosto e o mar tem o mundo, é tão grande que não caibo lá dentro.

Talvez mar, porque não tem só a temperatura do corpo, tem também os glaciares derretidos, as quentes águas tropicais, correndo a encontrar-se, formando nova água, morna, e voltando a correr noutra direcção, sobrando ainda um pouco do que eram.

Lágrima. Mar. Líquido, para um dia ser vapor, deixar de ser transparente, e voltar novamente a ser vísível, talvez desta vez cristal de gelo, talvez de novo líquido.

Voltar a ser gota, quer corra na pele, quer corra nos sulcos da terra.

Retirado do baú, escrito em 19.Fev.2006

sábado, 17 de setembro de 2011

Talvez, como na vida...

Um casal sentado à minha frente tirava fotos...à sua frente o banco vazio ao meu lado, com a janela por detrás. "Estranho...", pensei eu... "Apenas se sucedem as imagens escuras e iguais da parede do túnel do metro", supûs...
Mas talvez, como na vida, o mais improvável cenário resulte numa montagem fotográfica. Talvez o suceder de imagens iguais não resulte num filme repetitivo, porque no fundo as imagens talvez não sejam simétricas... Talvez cada imperfeição na parede seja única e perfeita, com uma história para contar...
Ou apenas se veja através de uma lente aquilo que está lá, mas não se vê, como na vida. Não se vê porque o passar dos dias transforma pormenores em rotina, as portas abrem-se, entramos, paramos, olhamos para nada, absortos noutros pensamentos, ou absortos em coisa nenhuma, chegamos ao destino e continuamos. E as paredes do túnel ficam para trás, até à volta para casa, mas ignoradas, por tantas caras.
E talvez se as olhássemos através de uma lente, não descobriríamos pensamentos outros...?

Take 1

 
Abri a pasta das memórias, que se espalham entre o azul e o verde, entre as linhas que me deixaram. Ao lê-las parece que o tempo pára, lembro-me de uma pequena frase, uma simples palavra faz-me lembrar uma situação vivida, uma expressão particular, uma data especial, algo que nos fez rir.
Ao lê-las sinto vontade de voltar atrás. É um lugar comum, como quando dizemos que queríamos voltar à infância. E por vezes queria voltar à infância, à adolescência, à faculdade, como desejarei talvez daqui a uns anos voltar a estar aqui. Onde estou agora. Queria voltar, mas não para ficar. Apenas para uma visita rápida.

Sentada numa cadeira a ver a sequência de imagens. Não mudaria nenhuma dessas cenas, nem as piores. Porque o argumento da vida não pode ser apagado, há medida que o escrevemos as falas sucedem-se, os actores avançam, só há um take. Como no teatro, Não, também não. Não há ensaio antes do directo. Antes de termos tempo de memorizar, já estamos no palco, e no final de cada acto, alguns espectadores já saíram a meio, enquanto outros aplaudem de pé.

Retirado do baú, escrito em 2004

---- Este texto é um excerto de um pequeno desafio que me lançaram e que foi ficando começado, mas sem perder o sentido. Deixo-o aqui, com um obrigado a todos aqueles que me incentivaram a continuar a escrever e também a começar este blog ------

sábado, 10 de setembro de 2011

Highway

There's a big road behind me, I've been driving for hours now. I'm looking for an alternative road, but there's only this familiar one ahead.


Sometimes, I see trees, some shade for a while. Spring is starting, they will bloom soon.


I will look for a place to spend the night, sleep, think the map through. I see a small hotel ahead, I'll try that one!


When I get there, no rooms available. For such a small town, this is such a bad luck! And a sudden rain starts pounding outside! I can't believe it! I take a deep breath and I tell myself I have to keep going and I grab my stuff to get outside...


The phone rings while I'm looking at the rain. The lady behind the counter calls me back. A last minute cancelation! After all, one can have a cosy night when least expected...!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Aromas

O aroma do leite de coco, apoderou-se da minha cozinha, brinca com os sabores que misturei... Enquanto espero que termine, ando pela casa que começa a ser invadida por esta miscelânea de sensações... Aos aromas doces e picantes misturam-se as cores misturadas sem pensar e que formaram uma paleta mista de alegria e talvez até com um toque fugidio de melancolia...


Vou pegando no que está fora do lugar e vou mudando a rotina da arrumação, como mudando a rotina dos dias...


Finalmente acabo e mesmo a tempo, também a minha pequena criação está pronta... Sento-me, inspiro o aroma fumegante, e corto o primeiro pedaço... Côr, aroma, sabor...Uma paleta mista de alegria, tudo no seu lugar desrotineiro...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Changing seasons

Your face keeps showing up in my mind. Unexpectedly. Right now, as I'm going home.

Had a laugh with the girls, talking about silly serious things.

I'm going home and I feel like grabing the phone and tell you about my day, about how it feels good to be thursday, about how I was feeling tired yesterday, and how a few hours out in this grumpy summer made me recharge.

The summer seems autumn sometimes, maybe the summer is getting confused.

Or maybe the seasons are just changing for real. Maybe that's good, I don't know...

Sometimes it's hard to leave summer and embrace autumn... But season's have always come and gone...and they are changing... Are they................?
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