Quem lê / Who's reading

"a escrita é a minha primeira morada de silêncio" |Al Berto

sábado, 1 de novembro de 2014

Castelos de princesa

Foto: Bonnybbx 
Fonte: www.pixabay.com/


Ainda lá se erguem
Imutáveis, eternos
Os meus castelos de princesa.
Hoje entrei
Os meus passos ressoaram
No salão de baile
Sentei-me naquela salinha
Onde costumava tomar chá
Estou tão grande
Ocupei tudo!
Mas ainda fiquei por momentos,
Ao fundo o rio, azul
Plácido
Espelho ao sol
Ao fundo, como se o olhasse da janela…
Arrastando o vestido,
Continuei.
A entrada para a floresta encantada
Devo ou não entrar?
Tal qual como quando era princesa.
Os pés pisam as folhas do Verão
Faz-me falta pisar verde
A chuva fininha que trazia
Mistério…
Ali ao fundo é já a saída
Também os meus pés
Estão tão grandes!
Desacerto o passo
Olho à volta
Apetece-me ser princesa
Só mais um bocadinho…
Estou tão grande já
Fecho os olhos
Sou pequenina
E caibo dentro de todo este Mundo!

Isa Lisboa

4 comentários:

  1. Os nossos mundos de criança, quando os revisitamos, são muitíssimo mais pequenos do que pensávamos.
    Este teu poema é soberbo. Parabéns pelo talento que conseguiste passar para as palavras.
    Bom fim de semana, querida amiga Isa.
    Beijo.

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  2. Um dos mais belos que já li de ti!
    Bj

    ResponderEliminar
  3. Dizem que nunca crescemos, mas apenas esquecemos o tempo em que os sonhos e a imaginação nos faziam voar...
    Como é bom passear de novo nos nossos castelos de infância.
    Beijinhos!

    ResponderEliminar

Um espaço para recortes que completem o álbum de instantâneos... Obrigada pela visita!
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