Quem lê / Who's reading

"a escrita é a minha primeira morada de silêncio" |Al Berto

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Um abraço

Foto: Descendo, Eduardo Cunha

Durante muito tempo temi o silencio. Quando ele me encontrava, apertava-me tanto, que a única hipótese que me dava era quebrá-lo. De uma única forma o conseguia. Com um grito do peito. Que tirava um pouco de mim a cada dia.
Temia-o. E no entanto chamava-o. Quando não vinha procurava-o como quem quer. Porque só ele me fazia libertar o tanto ruído que tinha. Que não me largava. Que eu não queria deixar ir. Que não podia. Que não queria.
Temia-o. Ás vezes ainda o temo. Ainda faço barulho para me esquecer que ele está ali.
Mas ele espera-me. Paciente. Sabe que volto. Sabe que o preciso.

 # Monólogos da Desalinhada #

7 comentários:

  1. Não sei o porquê, mas penso que necessita de música na sua vida e de dançar...
    Deixo-lhe uma música:
    Vamos dançar?

    https://www.youtube.com/watch?v=SDTZ7iX4vTQ

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  2. um abraço, Isa

    que aperta, mas liberta

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  3. E precisamo-lo bem... Do silêncio! Diferente de solidão, é ele que nos regenera e cuida do crescer, tornando mais fortes e sábias as decisões e o viver do momento... O resto é o ruído a que nos habituámos, sem que por isso, como bem dizes, o silêncio paciente e amigo nos espere... e estranhamente conforte...
    Beijo amigo

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  4. Brilhante e expressivo texto. Gostei muito!...
    Bom final de semana.
    Abraço.

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  5. contradições nossas...

    mas precisamos tanto desse abraço(s).

    boa semana.

    beijos

    :)

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  6. O silencio nao se cala.
    Fala.
    O.não silencio
    É que nos rala.
    bjo

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Um espaço para recortes que completem o álbum de instantâneos... Obrigada pela visita!
A space for clip to complete this snapshot album... Thank you for your visit!

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