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Descendo, Eduardo Cunha
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Durante muito tempo temi o silencio.
Quando ele me encontrava, apertava-me tanto, que a única hipótese que me dava
era quebrá-lo. De uma única forma o conseguia. Com um grito do peito. Que
tirava um pouco de mim a cada dia.
Temia-o. E no entanto chamava-o.
Quando não vinha procurava-o como quem quer. Porque só ele me fazia libertar o
tanto ruído que tinha. Que não me largava. Que eu não queria deixar ir. Que não
podia. Que não queria.
Temia-o. Ás vezes ainda o temo.
Ainda faço barulho para me esquecer que ele está ali.
Mas ele espera-me. Paciente. Sabe
que volto. Sabe que o preciso.
# Monólogos da Desalinhada #
Não sei o porquê, mas penso que necessita de música na sua vida e de dançar...
ResponderEliminarDeixo-lhe uma música:
Vamos dançar?
https://www.youtube.com/watch?v=SDTZ7iX4vTQ
um abraço, Isa
ResponderEliminarque aperta, mas liberta
E precisamo-lo bem... Do silêncio! Diferente de solidão, é ele que nos regenera e cuida do crescer, tornando mais fortes e sábias as decisões e o viver do momento... O resto é o ruído a que nos habituámos, sem que por isso, como bem dizes, o silêncio paciente e amigo nos espere... e estranhamente conforte...
ResponderEliminarBeijo amigo
Brilhante e expressivo texto. Gostei muito!...
ResponderEliminarBom final de semana.
Abraço.
contradições nossas...
ResponderEliminarmas precisamos tanto desse abraço(s).
boa semana.
beijos
:)
gosto desse desalinhado alinhamento...
ResponderEliminarO silencio nao se cala.
ResponderEliminarFala.
O.não silencio
É que nos rala.
bjo