Quem lê / Who's reading

"a escrita é a minha primeira morada de silêncio" |Al Berto

sábado, 29 de junho de 2013

Anjo da guarda / Guardian Angel

foto da web


Meu anjo da guarda
Sem olhos de querubim
Sem asas;
Quem eras não percebi
Naquele dia
Em que te conheci
Mas abraço protector
Em teus olhos senti
Agora
Sem ti
Não imagino sequer
como vivi.

Das conversas com o Amor

My guardian angel
Without cherub eyes
Wingless;
On that day I didn’t realize
Who you were
The day I met you
But protective embrace
In your eyes I felt
Now
Without you
I can’t imagine even
How I’ve lived.


From conversations with Love

Isa Lisboa


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Fera / Feline

Catarina, tela de Carlos Saramago - http://carlos-saramago.blogspot.pt/

Olho-me
Estou ali mesmo
 - À minha frente -
Não entendo os meus olhos
Ou não me guiam bem;
Sou reflexo
Desse outro olhar
Que me procura
Que me fixa
 - No que não sei se sou –
Fera, selvagem, primitiva
Livre.
 - Chama-me –
Espelho? Pode ser mera Ilusão.
Não importa.
 - Vou –

*-*
I look at myself
I’m right there
 - In front of me –
I don’t understand my eyes
They don’t guide me well;
I’m reflection
Of those other eyes
Who look for me
Who tie me
 - To that I don’t know if I am –
Feline, wild, primitive
Free.
Call for me
Mirror? May be only an Illusion
Doesn’t matter.
 - I’m going -

terça-feira, 25 de junho de 2013

Os meus versos de Amor

Albena Vatcheva_www.albena.painter.free.fr


Os meus versos de Amor são
Recordações
Do Amor que já fui
Do Amor que ainda posso ser;

Os meus versos de Amor são
Beijos
Os que dei
Os que deixei que me roubassem
E são ainda promessas (de beijos);


Os meus versos de Amor são
(...) 


Continue a ler no Pense fora da caixa, por aqui:



pense fora da caixa  é um blog que reúne um grupo de autores que têm em comum o gosto pela escrita. Pensamos diferente e, nesse espaço, partilhamos alguns dos nossos pensamentos convosco. Sigam o link e venham connosco PENSARDIFERENTE:




Encontrem-me em Autores / Isa Lisboa

domingo, 23 de junho de 2013

Silêncio



E de repente
Há apenas o silêncio
Seja o mais que for à volta
Tudo se move lentamente
Nós parados
Ninguém nos ouve
Não ouvimos ninguém
Ouvir faz sentir
De repente
Há apenas o silêncio

terça-feira, 18 de junho de 2013

A tentar escrever Amor / Trying to write Love

Estou a tentar escrever Amor
As palavras não ficam
No papel.
Como se a caneta não tivesse tinta
O papel não as aceitasse.
Mas o problema está antes
Nas palavras.

Já não consigo escrever como é
Quando me abraçavas,
O calor que me aquece quando me beijavas,
Como os meus olhos se fecham
Quando me puxavas para ti.

As palavras saem dispersas,
tango in black by zabara_tango 2
Parecem já não querer fazer sentido,
Fica um poema de palavras soltas,
Separadas.

E tento escrever ainda o fim de um poema,
Entendo então
Não há fim a procurar,
O fim já aconteceu.

***

I’m trying to write Love,
But words don’t stay
In the paper.
As if the pen was out of ink
The paper couldn’t accept them.
But, in reality, the problem is
In the words.

I can’t write anymore how it is
When you hold me,
The heath that warms me when you would kiss me,
How my eyes close
When you pulled me to you.

Words come out scattered,
They seem to have no meaning anymore,
Now it’s a poem of broken words,
Apart from each other.

And I try to write the end of a poem,
And then I understand,
There is no end to look for,
The end has happened already.

Isa Lisboa


sábado, 15 de junho de 2013

Procuro-te / Looking for you

Foto da web

Ontem adormeci a teu lado
Teus braços rodeavam-me
Tua pele colada à minha
Teu calor percorria-me as veias
Teu perfume invadia todos
Os meus poros
Sussurraste-me ao ouvido
Que eu era tua
Deste aos meus
Teus lábios
Sinto ainda aquele calor
Percorre-me o corpo
Não consigo libertar-me
Deste odor
Apossou-se de mim
Envolve-me
Oiço a tua voz
Faz-me vibrar rir chorar
Meus lábios pedem os teus
Sôfregos de ti
Minha pele anseia pelo teu toque
Sem ele não acalmará
Com ele explode.

A meu lado,
Ninguém… Procuro,
Em vão, um vestígio
Teu
Uma ruga no lençol
Na almofada
Nada.
Estou só.
Só a ilusão ficou.

Reescrita de um texto encontrado no baú, de Novembro de 1998


**


Yesterday I fell asleep at your side
Your arms around me
Your skin glued to mine
Your heath in my veins
Your perfume invading all
My pores
You whisper in my ear
I’m yours
You gave mine
Your lips
I still feel that heath
Runs through my body
I can’t get free
Of this odour
It holds me
It covers me
I hear your voice
Makes me vibrate laugh cry
My lips hunger for yours
Greedy of you
My skin longs for your touch
Without it it it won’t calm down
With it, it explodes.

At my side,
No one… I search,
In vain, a trace
From you
A wrinkle in the sheet
In the pillow
Nothing.
I’m alone.
Only ilusion remains.

Rewrited from a text found in my old trunk, November 1998

quinta-feira, 13 de junho de 2013

sábado, 8 de junho de 2013

Cegueira / Blindness



Estrelas do céu
Me prometeste um dia
O teu Amor
Era tudo quanto eu queria.

E o Universo
De que me serviria,
Se sem ti
Abraçá-lo, eu não saberia?

O impossível me prometeste
Sinal já seria;
Devia saber
Que deveras se cumpriria.

Impossível não pedi
Mas eu não sabia
Que cega
O Amor me faria.

---

Stars in the sky
You’ve promissed me one day
Your Love
Was all I wanted.

And the Universe
What good it would do me,
If without you
Holding it, I wouldn’t know?

The impossible you’ve promised me
A sign it would be;
I should've known
It wouldn’t be fullfilled.

Impossible I have not asked
But I didn’t know
That blind
Love would make me.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Novas aventuras: Tubo de ensaio - Laboratório de Artes

A minha aventura na blogoesfera tem-me trazido muitas surpresas agradáveis. Tenho conhecido muitos escritores e fotógrafos talentosos, cada um com o seu estilo diferente. São autores com quem tenho aprendido muito e que, por isso me têm incentivado a continuar a escrever e a tentar melhorar a minha escrita.

Tenho também conhecido algumas pessoas especiais, não só pelo seu talento, mas também pela sua sensibilidade. Uma delas é a Dulce Morais que iniciou recentemente um novo projecto, o Tubo de Ensaio - Laboratório de Artes

Trata-se de um espaço onde "serão publicados textos, imagens, vídeos, ideias, biografias e outros devaneios, de autorias diversas."

Tenho a honra de ter pequena uma mesa de experiências neste maravilhoso laboratório, que vos convido a visitar! As vossas sugestões, críticas e opiniões são, como sempre, apreciadas e bem vindas!

É por aqui:





sábado, 1 de junho de 2013

Templo Pagão / Pagan Temple

Íris, Goo goo dolls

Talvez o teu corpo
Seja
Um templo pagão

Mas que mal poderá ser
Pecar
Em ti

Se foi no teu altar
Que minha alma
Descobri?


Das conversas com o Amor

Perhaps your body
Is
A pagan temple
But what wrong can it be
To sin
In you

If it was in your altar
That my soul
I’ve discovered?


From conversations with Love

Isa Lisboa, 07.05.2013
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