Foto: Autor não identificado |
Um dia
Algo se parte
Apenas porque já não pode
ser
Ou porque frágil
Já era o metal.
Fica ali um coto partido
Desengraçado
Desengonçado
Dependurado.
Tentamos um enxerto
Mas o corpo rejeita-o
Procuramos aceitar
O que era, se foi, não é
Mas o que ser?
Talvez então
- Pensamos –
Esquecer?
Arrancamos então mais pele
Seca
Tentamos dissolver o passado
Num futuro que queremos
Ou julgamos.
Nada muda
O mesmo ar
O mesmo som
As mesmas mãos que
escorregam.
E é no segundo
Em que não mais
Conseguimos respirar
Que vemos
Entendemos
Sabemos:
Nada pode mudar.
Apenas Eu!
O poema que clama mudança! Há que fazê-la...
ResponderEliminarBeijinho amigo
Sim, há que não ter medo dela! :)
Eliminarpois...há coisas que precisam ser mudadas ou se calhar há um términus para tudo....
ResponderEliminarbeijinhos
:)
Sim, dizia Pessoa que há "há um momento em que precisamos abandonar as roupas usadas".... :)
EliminarBeijinhos, Piedade!
Nada faz prever o surpreendente e sábio final do poema...
ResponderEliminarNa realidade, o segredo está em integrar a nossa história e ficarmos receptivos a novos amanhãs...
Sim, o que foi faz parte de nós, mas podemos sempre reinventar-nos! :)
EliminarA nossa mudança é a única que está verdadeiramente ao nosso alcance. As externas, dependem sempre de tanta e tanta coisa...
ResponderEliminarUm excelente poema.
Isa, há muito tempo que gosto da sua poesia e do seu blogue.
Por isso, estou certo vou passar por aqui muitas vezes.
Saudações poéticas.
Acredito nas máximas de que não podemos mudar os outros, apenas a nós. E de que, quando nós mudamos, o Mundo muda connosco! :)
EliminarObrigada pela visita, Jaime, seja sempre bem vindo! :)