Foto: Andrea Clare |
Procurei-te
Tempos e tempos
Talvez anos a fio
Nem sinal nem pista
Nada encontrava
Certa
Da tua existência
Jamais capitulei
Pelas estradas segui
Entre pó e alcatrão
O destino era certo.
Um dia senti-me cheia
Alguém te conhecia
Sabia-te ali perto.
Meus pés
Com energia renovada
Correram mais rápido
Que nunca.
Cheguei, perguntei.
Sim, estiveras ali
Desânimo, partiras.
Sentada numa pedra
solitária
Decidia
Se seguia ou atrás
voltava.
Um infante se aproximou
Sentou-se à minha frente
Finalmente chegaste!
Era esperada?
Sim, há muitas luas!
Quem to disse? Porquê sou
esperada?
Disse-mo quem
Caminho te preparou
Esperada porquê?
Partiu ontem
Sem me o dizer!
Isa, que versos lindos e perturbadores. Será que alguém nos procura, em algum lugar? Como saber? E valerá a pena saber? Ou vale a pena esperar que o destino faça o seu trabalho e urza um encontro?
ResponderEliminarMuitas perguntas, nenhuma resposta.
Beijinhos, um doce fim-de-semana
Ruthia d'O Berço do Mundo
Há um misto de esperança e rebeldia, e um olhar diferente sobre estes versos, poderá ver, entre as linhas, o trilho... ou talvez a chave para abrir-lhe a porta...
ResponderEliminarBeijinhos!
muito emotivo....
ResponderEliminar:(
Uma busca infinita, angustiante... mas que dá razão a um viver.
ResponderEliminarBelíssima poesia!
de uma forma antiga de escrever, como um destino que se caminha
ResponderEliminarum abraço, Isa
Altamente fascinante,até breve,boa noite e excelente fim-de-semana!!
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