Quem lê / Who's reading

"a escrita é a minha primeira morada de silêncio" |Al Berto

terça-feira, 30 de abril de 2013

Se for / If it is

Foto da web


Se for para ser Ilusão
Que passe
Mas não depressa demais
Que dure o tempo dos Sonhos

Se for para ser Promessa
Que eu a saiba cumprir
Que o Mundo me deixe vê-la
Que o Medo não me agarre a mão

Se for para ser Enigma
Que eu o saiba decifrar
Que encontre o fim do Labirinto
Que entenda o Percurso

Se for para ser Caminho
Que seja Novo
E se for Conhecido
Que seja Reinventado.

*-*

If it is to be Illusion
May it go
But not too fast
May it last for the time of Dreams

If it is to be Promise
May I know how to fulfil it
May the World let me see it
May Fear not grab my hand

If i t is to be Riddle
May I know how to decipher it
May I find the end of the Labyrinth
May I understand the Direction

If i t is to be Path
May it be New
And if it is to be Known
May it be Reinvented.

sábado, 27 de abril de 2013

Lábios de vermelho / Red lips


Pintei os lábios de
vermelho
Por ti
Amor

Pensarás que foi
para dar brilho
Ao reflexo

Mas antes é
Para esconder
A palidez
Dos lábios meus
Sem o beijo teu.

Das conversas com o Amor

Foto da web

Painted my lips in
Red
For you
Love

You will think it was
To make the reflexion
Shine

But it is in fact
To hide
The pale
Of my lips
Without your kiss

From conversations with love


Encontram-me também aqui:

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Dói-me / Hurts

Foto da web

Dói-me.

Saber que não estás aqui.
Que não estarás amanhã.
Que não posso ligar-te hoje.
Que não ouvirei a tua voz, hoje.

Dói-me.
Dói-me mesmo é não saber.
Se estás triste ou feliz.

E se estiveres triste.
Não saber porquê.
Não poder perguntar.
Não poder escutar o silêncio dos teus olhos.
Deixar que me abraces.
Deixar que fales em silêncio.
Porque és assim; quando estás triste.

E se estiveres feliz.
Não poder adivinhar.
Não poder ouvir o teu sorriso.
Não poder sorrir quando me contas.
Não poder rir contigo.
Não poder abraçar-te.
Não poder beijar-te.
E se estiveres feliz.
Saber que já não sou razão.

Doem-me as memórias.
Mas sem elas estaria oca.

***

It hurts..

To know you’re not here.
That you won’t be tomorrow.
That I can’t call you today.
That I won’t listen to your voice, today.

It hurts.
What really hurts is not knowing.
Whether you’re sad or happy.

And if you’re sad.
Not knowing why.
Not being allowed to ask.
Not being allowed to the silence in your eyes.
To let you hold me.
To let you speak to me in silence.
Because that’s the way you are; when you’re sad.

And if you’re happy.
Not being able to guess.
Not being allowed to listen to your smille.
Not being allowed to smile when you tell me about it.
Not being allowed to laugh with you.
Not being allowed to hold you.
Not being allowed to kiss you.
And if you’re happy.
To know I’m not reason for any more.

My memories hurt.
But without them I would be hollow.




Encontram-me também aqui:

domingo, 21 de abril de 2013

SETE PECADOS / SEVEN SINS

Foto da web


Sete pecados;
Tentação aos sentidos
Mortal, só tu és.

~

Seven sins
Temptation to senses
Deadly, only you are.






sábado, 20 de abril de 2013

Sete: Luxúria / Seven: Lust

I have a burning hot love letter 4 U
Nina Matheus




A pele chama
O corpo escraviza;
Amar não sabe.

~

Skin calls
The body inslaves
Love doesn’t know









Encontram-me também aqui:

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Sete: Avareza / Seven: Avarice

Contando dinheiro, Jeff Belomonte


Arrecadado é
Cobre, Prata, Ouro
Vil metal não vê.

~
Kept away
Coper, Silver, Gold
Vil metal doesn’t see





Encontram-me também aqui:

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Sete: Preguiça / Seven: Sloth

Confiness, Gui Tavares

Chamam, puxam
Imóvel é o corpo
Também a alma

~

Calling, pulling
Still is the body
So is the soul




Encontram-me também aqui:

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Sete: Gula / Seven: Glutony

Foto da web



Sal ou açucar
Preencher o vazio
Copo sem fundo

~

Salt or sugar
Filling in the empty
Botomless glass







Encontram-me também aqui:

terça-feira, 16 de abril de 2013

Sete: Inveja / Seven: Envy

Foto da web




Olhar fulminante
O outro deseja ser
De si, esqueceu

~

Striking eyes
The other wishes to be
Of herself, forgot











Encontram-me também aqui:

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Sete: Ira / Seven: Wrath


Como furacão
Estaca no coração
Só, erosão.

~

Like hurricane
Stake to the heart
Alone, erosion





Encontram-me também aqui:

domingo, 14 de abril de 2013

Sete: Vaidade / Seven: Vanity





Espelho, belo
Pára, reconhece-se
Fundiram-se, um.

~

Mirror, beautiful
Stops, recognizes himself
Melted in one









Encontram-me também aqui:
http://penseforadacaixa.com/category/isa-lisboa/

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O rio / River

Estou além, António Variações


Olhei pelo espelho retrovisor
vi o rio
atrás de mim.

O rio
que me viu crescer.

O rio
que me ensinou a nadar.

O rio que me falou
do mar,
que me fez querer conhecê-lo.

Mal eu sabia
que quando conhecesse o mar,
ele me falaria
do horizonte.

E que o horizonte
me falaria
do céu.

-*-

I looked in the rearview mirror
I saw the river
behind me.

The river
who saw me grow up.

The river
who taught me how to swim.

The river who told me about
the sea,
it made ​​me want to know him.

Little did I know
That when I met the sea
he'd tell me about
the horizon.

And the horizon
would tell about
the sky.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Olhas-me / You look at me

Foto da web



Olhas-me como se me espreitasses pela fechadura.
E a seguir me pedisses para entrar.

Quando sabes que, para ti, a minha porta está aberta.
Basta empurrar.

*-*-*-*

You look at me as if peeking through the lock.
And as if next you would ask me to go in.

When you know that, for you, my door is open.
BYou just have to push.

sábado, 6 de abril de 2013

(Des)Esperança / (Un)Hope

Azam Ali – I’m a strange in this world


O tempo para ser ela mesma era sempre tão pouco! Passava sempre tão depressa aquele pedaço que tinha.
Todo o resto do tempo era para os carnavais de que já não conseguia fugir.
Durante muito tempo tentou, remou contra a maré, teimosa, solitária.
Um dia sentiu uma dor vinda de dentro, não era no coração, era em todo o lado, é assim quando nos dói a alma! Uma dor tão forte que a derrubou, caiu de joelhos, caiu o corpo todo de seguida.
Sentiu as lágrimas a caírem, eram lágrimas de cristal, pareciam, afinal eram apenas de vidro, ao caírem no chão transformavam-se em pedaços finos de matéria.
Apanhou-os em concha nas mãos, viu o seu brilho, viu neles reflectida a inevitabilidade.
Com eles fez as suas máscaras, nunca podemos usar só uma, muitos são os carnavais.
Usa-as sem orgulho, mas com resignação. Um dia todos aceitam que não escolhem o seu destino.
Mas reserva sempre um momento para as tirar, é curto o tempo, mas é dela, ainda é ela, naquele pedaço de tempo.
À noite, quando vai dormir, deixa as máscaras longe do quarto, no bengaleiro da entrada, é outro momento em que é livre.
Já percebeu que quem adormeceu com elas… nunca mais conseguiu tirá-las.
São de vidro… tem uma ténue esperança, ainda, de que um dia se partam, pó de vidro novamente…

***

The time to be herself was always so little! It always went by so quickly that piece she had.
The rest of the time was for the carnivals that she could no longer escape.
For a long time she tried, paddled against the tide, stubborn, lonely.
One day she felt a pain coming from inside, it was not in the heart, it was everywhere, so it is when the soul hurts! A pain so strong it knocked her, she dropped to her knees, her whole body dropped then.
She felt the tears fall, they were crystal tears, it seemed, but after all they were only glass, when they fell to the ground, they turned into fine pieces of matter.
She caught them in cupped hands; saw how they shined and how they reflected the inevitability.
With it she made ​​her masks, we can never wear just one, there are so many carnivals.
She wears them without pride, but with resignation. One day everyone accepts they can not choose one’s fate.
But she always reserve a time to take them out, time is short, but it her’s, she is still hersel, at that piece of time.
At night when she goes to sleep, she lets the masks away from the bedroom, at the cloakroom at the entrance, is another moment when she is free.
She has realized that those who slept with them ... never managed to get them out.
They are made of glass... she has a faint hope, still, that one day they breack, powdered glass again ...

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Nocte


A noite traz-me
As estrelas
A lua
O silêncio da rua.

Traz-me os dias sem ti.

            Das conversas com o Amor

The night brings
The stars
The moon
The silence in the street

Brings the says without you.

           From conversations with love



Foto da web


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Mensagens populares / Popular messages