Encontrei-os. Ao silêncio e ao
ruído. Podem ambos conviver em mim. Precisam um do outro. Se não se
atrapalharem mutuamente, se se entenderem, se se permitirem um ao outro, fazem
maravilhas.
Encontrei a dor e a cura. Ela vem
sempre que lhe abrimos a porta. Ambas vêm só quando lhes abrimos a porta.
Encontrei o caminho. Basta abrir os
olhos e ver. E deixar que os olhos vejam. A coragem para o seguir é o que vem
logo depois. E custa muito menos que o primeiro esforço de abrir os olhos. E de
deixar a ilusão de que a Felicidade só existe às vezes. E de que não temos
lugar.
Há sempre um lugar. Nós somos o
lugar. Onde podemos descansar. Ou não. Podemos também correr.
Somos peças de puzzles, mas não
precisamos encaixar perfeitamente. Se fosse assim, o puzzle não seria tão belo.
E não faria sentido. Não seriam precisas tantas peças.
Por isso como poderemos alguma vez
estar desalinhados?
E porque sei que não, chegou a hora
de ir. Não vou embora. Apenas sigo. Não desapareço. Apenas estou. No meu lugar.
Até sempre,
A Desalinhada
Não estou de acordo. Desalinhada?
ResponderEliminar:(
Eu acho-a até muito certinha.
:)
aprecio um certo andamento de maturidade encontrado nestas palavras...
ResponderEliminarSimplesmente maravilhoso Isa, uma beleza de diálogo, amei de coração, meus sinceros aplausos! Vou guardá-lo com muito carinho :)
ResponderEliminarDois lugares encontrados
ResponderEliminarUm só existe porque é permitida a existência do outro
Como a chuva e a terra molhada
A verdade e a mentira
(já deambulei…)
Gostei muito, do mistério envolto no teu texto.
Beijinho
Equilíbrio na assimetria
ResponderEliminaré necessário conviver com os dois, para manter o equilibro em nós...
ResponderEliminarmuito bom!
:)
a linha que separa, ou une
ResponderEliminaro linho e o desalinho
uma abraço, Isa