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| Foto: Autor não identificado
Não caibo nessa caixa. Dou-te um pré-aviso,
ainda que sabendo que não me ouves.
Não ouves o que te digo e por isso
vais tentar colocar-me lá dentro, vais até ignorar o meu esbracejar defensivo.
Acharás que podes mais que a física e que consegues colocar-me lá dentro.
Tentarás fechar a tampa, usarás a força se for preciso. Mas a tampa não vai
fechar.
E, porque acharás sempre que
encontrarás um lugar onde me colocar, irás buscar outras caixas. E o périplo de
novo se iniciará. Hei-de sempre resistir e tu hás-de sempre tentar. Talvez
sejamos apenas dois teimosos, que insistem em teimar, apesar das evidências.
Mas eu não caibo nessa caixa. Por
isso não posso deixar-te. E não caibo em nenhuma. Pelo menos não caibo,
certamente, em nenhuma dessas que insistes em fazer-me ajustar.
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Monólogos da Desalinhada #
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Pelo sonho é que vamos
ResponderEliminarAs relações, quando tendencialmente normais, são feitas de cedências de ambas as partes.
ResponderEliminarMas não podemos, nem devemos, moldar-nos inteiramente ao outro.
Adorei esta tua prosa poética. Foste brilhante. Para variar...
Isa, tem um bom domingo e uma boa semana.
Beijo.
Muitas de vezes temos a consciência do não caber, mas vamos tentando. (jeitinho de brasileiro)
ResponderEliminarEquilibrar as "cedências" não é uma tarefa nada fácil. mais se realmente existe um grande amor vale a pena tentar.
resistir sempre até achar o equilíbrio....
ResponderEliminar:)
Senti a força deste texto e essa imagem é brutal.
ResponderEliminarBeijinho, uma doce semana
Ruthia d'O Berço do Mundo
A eterna rotulagem humana irá perdurar ao longo dos tempos... Infelizmente!
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