Da série Correspondence, (c) Gaëlle Boissonnard – Presente da Fátima |
Guardava as palavras nas
mãos, entre duas conchas. Sentia-as um tesouro, que só eu conhecia. Gostava de
as juntar, formar palavras, juntar estas em seguida, imprimindo a alma em tinta
azul, numa folha de um caderno.
Dentro da concha
sentia-as inquietas, saltitavam rebeldes. Falavam-me do mundo para lá daquela
folha.
Eu, que à minha maneira,
era saltimbanco, não podia mais retê-las.
Com elas fiz um
papagaio, voam ao vento, juntam-se de outras formas, outras palavras desenham,
outras histórias cantam, ao sabor quer da brisa, quer do vento forte.
E continuam a ser o meu
tesouro…
O papagaio voou e o vento nos trouxe cada palavra tua...
ResponderEliminarDisse ao vento que era bom ler-te.
Agradeci-lhe e a ti digo: "Continua a sonhar e oferecer-nos os teus sonhos!"
Beijinhos!
" Palavras são filhas que o poeta detém por certo tempo ao seus cuidados, mas depois são entregues para o mundo para que do mundo façam parte "
ResponderEliminarOra pois, se não é delicioso de ler suas palavras ao vento como sopro de dente-de-leao... parabéns Isa. Muito lindo ...bjs
as palavras são tudo o que quisermos que elas sejam.
ResponderEliminare já dizia o Poeta as palavras são uma arma.
basta saber usá-las.
gostei !
:)
E o vento trouxe-as até aqui.
ResponderEliminar:)
Bom fim de semana!
As palavras gostam sempre de se espalhar pelo mundo, de se juntar a outras palavras e formarem histórias. E que belas histórias dai saem!
ResponderEliminarGostei muito :)
http://planopalavras.blogspot.pt/