Limpo a maquilhagem do dia, para que a poeira que ficou não me invada os sonhos.
Mas os nossos sonhos vão para além deste momento, comandados pelo subconsciente. Essa parte de nós mesmos, que fala connosco em enigmas, que nem sempre conseguimos desvendar.
Hoje à noite ouvi um temporal na rua. Ao acordar, nem sinal dele, parece que choveu no meu sonho.
Não me lembro de estar à chuva. Se estava fria ou morna. Apenas recordo o som ritmado.
E recordo as memórias que o meu sonho evoca, não entendo o que me dizem, procuro a chave para este enigma. Deve estar coberta de poeira. Não da poeira do dia; tentei livrar-me dela; mas talvez tenha sido em vão.
Mas também pode ser a poeira que insiste em ficar presa na máquina do tempo...
Há uma chave, vou achá-la. Talvez logo, quando for dormir.
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Cleaning the day's make up, so that the dust left behind won't invade my dreams.
But our dreams go behond this moment, commanded by our subconscient. That bit of ourselves, talking to us in riddles, that sometimes we cannont unfold.
Tonight I heard a storm in the street. When I woke up, no sign of it, it looks like it rained in my dream. I can't remember being in the rain. Whether it was cold or mild. I only remeber the rhytmic sound.
And I remeber the memories my dream called, I don't understand what they tell me, I look for the key to this riddle. It must be covered in dust. Not the dust left from the day; I've tried to get rid of it; but perhaps it has been in vain.
But maybe the dust insists in getting stuck in the time machine...
There is a key, I will find it. Maybe latter, when I'm off to sleep.