Quem lê / Who's reading

"a escrita é a minha primeira morada de silêncio" |Al Berto

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Reconheceste-me / You've recognized me

Naquele pequeno instante, olhaste para mim e pareceu-me que me viste. Como se me reconhecesses. Como se me visses pela primeira vez. Após a surpresa, parei e olhei-te também. E também te reconheci. 
A realidade chamou, despedimo-nos, e seguimos, em direcção ao dia que estava.
Outro dia, quem sabe, nos vejamos de novo. Certamente.
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In that small window of time, you looked at me and it seemed  that you saw me. As if you recognized me. As if you saw me for the fisrt time. After the surprise, I've stoped and looked at you too. And I've reconized you also.
Reality called, we said goodbye, and we followed, heading to the day there was.
Another day, who knows, we will see each other again. Surely.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sedução / Seduction

O teu olhar envolve-me, como se fosse o teu abraço forte e suave. Faz-me parar, como se fosse as tuas mãos a percorrer a minha pele, como se fosse os teus lábios a atrair os meus.

Conheces os meus cantos, descansaste neles, cansaste-te neles.

O amor pode ser salgado. Salgado como o mar. Como o mar, salgado, livre, sem fim quando mergulhamos, mas finito nas ondas calmas que repousam na praia.

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Your eyes involve me, as if they were your soft and strong hug. They make me stop, as if they were your hands going throuhg my skin, as if they were your lips atracting mine.

You know my corners, you've rested in them, got tired in them.

Love can be salty. Salty as the sea. Like the sea, salty, free, endless when we dive, but finite in the calm waves who rest in the shore.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Serafim, o hamster / Serafim, the hamster

Serafim, o hamster, corre sempre no mesmo lugar.
A pequena roda gira constantemente, confinada na gaiola de Serafim. 
Serafim vive no seu pequeno mundo. O único que conhece.
Serafim nunca saiu da sua gaiola.
Serafim corre sem destino.
Mas é feliz. Talvez não saiba que é feliz, ou sequer o que é a Felicidade, mas deve ser feliz. 
Afinal, não sabe o que existe fora do seu pequeno mundo. O que não conhece.

Retirado do baú, escrito em Janeiro.2003

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Serafim, the hamster, always runs in the same place.
The little weel turns all the time, confined to Serafim's cage.
Serafim lives in his little world. The only one he knows.
Serafim has never letf his cage.
Serafim runs without a destiantion.
But he's happy. Maybe he doesn't know he's happy, or even what happiness is, but he must be happy.
Afterall, he doesn't know what's out there, outside it's little world. What he doesn't know.

Writen in January.2003

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Labirintos / Mazes

À entrada do labirinto, nunca sabemos bem o que nos espera. Apenas sabemos que nada será como é cá fora. Podemos ficar presos, procurando a saída, ou distraídos pelo que encontramos ao longo do puzzle... Podemos encontrar a saída e perceber que esta era uma ilusão...

Mas também podemos encontrar do outro lado ainda mais do que procurávamos. E esta expectativa vale, pelo menos, que olhemos para a entrada do labirinto e talvez nos atrevamos a entrar... 

Porque depois dessa aventura, nada será como dantes.


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Standing on the entry to the maze, we never know exactly what waits for us. We just know nothing will be as it is outsisde. We can be stuck inside, looking for the exit, or distracted bu what we find along the labirint... Maybe we can find the exit and realise that was an illusion...

But, also, in the other side, we can find even more then what we were looking for. And this expectation is worth, at least, that we look into the entry of the puzzle and maybe we dare to get in... 

Because after this adventure, nothing will be as it was before.
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